Mai cumpade, cuma foi isso?!

Foto: Roosevelt Pinheiro / ABR

Essa arenga entre Renan Calheiros (PMDB-AL) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) ainda vai dar em morte. Pense num moído! Está respingando para tudo que é lado. Esta semana, assistindo à TV Senado, ouvi o alagoano dizer - em alto e bom som - que havia na Casa de Rui Barbosa um servidor que foi preso, passou dois anos na cadeia, e recebeu, durante esses dois anos, salário do Senado.

Meia dúzia de senadores - não sei se por puro cinismo - esbugalhou os olhos, e curiosa tentou descobrir em que gabinete o dito cujo estava lotado. Renan - astuto, ardiloso e traquino - pediu logo permissão para não delatar, tirando o seu da reta, saindo de fininho. Mas era tarde: o cambalacho estava montado em cima do fato de um tal de João Paulo ter recebido R$ 219 mil nesse período.

Na sessão de quarta-feira (16), Arthur - o líder do PSDB, agora refeito do barulho com um de seus funcionários que também mamou nas tetas do Senado, agarrou o microfone e cobrou de Calheiros o nome do colega que havia mantido um presidiário na estrutura da Casa. Mas a alma-de-gato preferiu prevaricar, até porque sabia que a imprensa estaria no incalço e, cedo ou tarde, revelaria.

Este blog, então, em um esforço hercúleo, googleando e estabelecendo contatos com serviços de inteligência de diversos países, chegou a um nome: MARCO ANTÔNIO MACIEL. O Senador pelo Democratas (vulgo PFL) de Pernambuco admitiu em entrevista que o funcionário trabalhava em seu gabinete. Veja o que Macié disse: "Ele era um funcionário de nível intermediário. Não despachava comigo".