domingo, 22 de dezembro de 2013

Geni e o Zepelim, SARAU DE CHICO. Uma lição, sobretudo, de RESPEITO


Dia desses alguém me interpelou em um dos corredores da escola, dizendo-se estar em estado de choque com as apresentações do SARAU DE CHICO, o nosso SARAU DA EREM BEZERROS.

Ao contrário do que se pudesse supor, eu fiquei feliz com aquilo. Ri por dentro um riso minúsculo e contido e cheguei à conclusão de que o SARAU DE CHICO cumpriu o seu propósito: CAUSAR ESTRANHAMENTO.

O projeto que fundamenta suas bases na TEORIA DA RECEPÇÃO de Wolfgang Iser e Hans Robert Jauss, tem como finalidade - mesmo - analisar, auscultar e perceber como se comportam leitores diante de textos que fogem ao lugar comum.

E só acordando o preconceito encrustado em nossos gestos previsíveis, é que daremos um passo à frente no combate à discriminação silenciosa, ao 'bullying' velado, a 'panelinha' que determina o que é CERTO e o que é ERRADO.

Odeio essas CERTEZAS. Gosto mesmo é da DÚVIDA que inquieta e nos leva a REFLETIR, empurra-nos para CONHECER o que lá longe se difusa, se espalha, se mistura - e que a miopia dos falsos moralistas não consegue discernir.

O SARAU DE CHICO é isso. É esse fato pretensioso, que estudantes de uma escola pública - irmanados num só propósito - o de encaminhar-nos para refletir sobre IGUALDADE, JUSTIÇA, DEMOCRACIA, DIREITO (palavras afáveis, mas tão incomuns - na prática). 

Em GENI E O ZEPELIM, o SARAU DE CHICO - a despeito de toda a teoria, apesar de todo o blablablá escorreito do ISER e do JAUSS - quer mesmo é viver com cada leitor, cada interlocutor, cada espectador, cada plateia... a sensação de RESPEITAR e de ser RESPEITADO.

Porque em algum momento na vida fomos, e se não fomos... seremos a tal GENI. Ainda que estejamos hoje assumindo o papel vil e grotesco do COMANDANTE ou da CIDADE APAVORADA. 'C'est la vie!'

Todos de PARABÉNS!

O corpo como trunfo para a conquista do homem amado, em O MEU AMOR


A primeira imagem que me vem à cabeça é da Ópera do Malandro: Marieta Severo (Teresinha) contracenando com Elba Ramalho (Lúcia) , disputando entre si, o amor do personagem vivido por Otávio Augusto (Max).

Pois é.

A história retratada por essa letra mostra duas mulheres procurando publicizar qual delas seria a mais capaz de corresponder os caprichos do 'amado', utilizando-se de um único instrumento – o próprio corpo.

Este é o desafio lançado. Duas mulheres 'presas' à satisfação corporal/sexual proporcionada por este homem que pode se dar ao luxo de optar.

Luxúria acesa! O corpo como moeda de barganha. A mulher como objeto! Curtam MORGANNA BERNARDO e IAGO FIDELES nessa atuação primorosa.

DIÁRIO DE PERNAMBUCO repercute ações do SARAU DE CHICO na cidade de BEZERROS


DIÁRIO DE PERNAMBUCO - Recife, domingo, 22 de dezembro de 2013.
Caderno: Vida Urbana. Página nº 07.

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sábado, 21 de dezembro de 2013

Estudantes abordam o 'feminino' através das canções de Chico Buarque de Hollanda


A música TERESINHA, de CHICO BUARQUE DE HOLLANDA fala dos três 'estágios' do desenvolvimento amoroso feminino. O primeiro seria o príncipe encantado - vivido, geralmente, na adolescência. O segundo - o cafajeste, aquela experiência a que todas as mulheres, em algum momento passam, e se submetem na vida. O terceiro seria a aceitação, sem fantasias, de um companheiro real, de carne e osso... e alma!

LETTÍCIA KAROLINE vê-se cercada e diante de tal dilema. LUIZ IRMISSON, FLÁVIO CAMPOS e MIQUÉIAS RAMOS concorrem para o amor de TERESINHA.

IARA LIMA interage com o público nesta performance digna de aplauso. PARABÉNS!

A história de Lily Braun, para 'chocar' e nos fazer refletir sobre o SEXISMO


LILY BRAUN, batizada com o nome Amalie von Kretschman, foi uma escritora feminista alemã. Filha do general Hans von Kretschmann, da Prússia e neta da Baronesa Jenny von Sustedt que era uma filha ilegítima do rei de Vestefália Jerónimo Bonaparte, irmão de NAPOLEÃO BONAPARTE.

Ainda cedo LILY BRAUN se casou com o professor de filosofia Georg von Gizycki, ao qual se uniram num movimento ético, que buscava estabelecer um sistema de moralidade que substituiria a influencia das religiões tradicionais. 

LILY casou-se novamente em 1896 com Heinrich BRAUN, após a morte do marido. Braun era um político social-democrata e um publicitário.

Ainda Jovem LILY filiou-se ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e tornou-se uma das líderes do movimento feminista alemão. Ela foi fortemente influenciada por FRIEDRICH NIETZSCHE e queria que o SPD se focasse no desenvolvimento da personalidade e da individualidade em vez da igualdade. Para ela, as mulheres deveriam ter a sua própria personalidade e não ser apenas consideradas como (futuras) mães e esposas. Ela lutava por liberdade econômica para as mulheres e a abolição do casamento legal.

CHICO BUARQUE, perspicaz como só ele, construiu um enredo em A HISTÓRIA DE LILY BRAUN que, para quem não conhece a história - de fato - da moça, perca-se nas sinuosidades semânticas dessa poesia e tenha alguma dificuldade de encontrar coerência entre a canção e a biografia da ativista.

CHICO, na verdade, mostra como consegue entender bem o gênero feminino. Descrevendo dramas, anseios e a trepidez por que passam as mulheres em nossa cultura. Em A HISTÓRIA DE LILY BRAUN ele trata, de modo singular, o 'AMOR QUIMÉRICO' contado em romances, nas telas de cinema e nas historietas bem contadas, como é bem essa coisa de 'promessa de amor' para elas. Aquela mesma que tem seu começo, meio e fim. Com um começo brilhante e cheio de expectativas, um meio repleto de trivialidades e um fim como o não contado: aquele em que se acaba o encanto e todos vão viver suas vidas prosaicas.

Não desanima, mostra uma realidade de uma promessa de amor mais presente na arte do que na vida real. Linda a letra, com todo o encanto de mostrar a vida como ela é, bem ao gosto e medida desse mítico poeta da canção brasileira.

MIQUÉIAS RAMOS e SINTHIA PONTES personificaram bem o que entenderam nos momentos de leitura. Extraordinária performance de ambos, completada com a interpretação de MORGANNA BERNARDO.

Sou suspeito!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Mirem-se no exemplo daquelas "Mulheres de Atenas, SARAU DE CHICO"


Entusiasma o potencial de Sandy Souza, a disciplina de Marília Rebeca e o potencial vocal de Morganna Bernardo e Iara Lima. O que dizer dos nossos arranjadores - neste 'concerto'?! Iago Fideles - no teclado, Anderson Christian - no violino e Jonathan Soares - no saxofone cumprem o propósito de Chico Buarque e Augusto Boal. Nada mais a dizer. Deleitar-se, apenas!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Folhetim, SARAU DE CHICO



FOLHETIM fala do mercantilismo do corpo. A volúpia poética de Chico Buarque aflora nesta canção. A estudante Fernanda Nascimento interpreta, a dança de Alan Deivid, Morgana Luiza, Verônica Monteiro e Rennan Regys evoca o erotismo típico dos cabarés. As performances de Jhennefer Kavillyn, Elisane Morais, Eduardo Eraldo e Paulo Jefferson dão a dramaticidade de que o espetáculo precisa.

Mil perdões, SARAU DE CHICO


Iara Lima interpreta com brilhantismo a canção 'MIL PERDÕES', do poeta CHICO BUARQUE DE HOLLANDA, que ganha mais leveza ainda através da performance de Bianca Vasconcelos, contracenando com o seu namorado, o tecladista Iago Fideles.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Olhos nos olhos, SARAU DE CHICO

 
Na voz da estudante Iara Lima, a canção 'OLHOS NOS OLHOS', do poeta CHICO BUARQUE DE HOLLANDA, ganha roupagem através da dança contemporânea de Geyssiele Torres e Jonatas Luan.
 
A jornalista Margarida Azevedo, em sua coluna (Educ@ção, do JORNAL DO COMMERCIO, edição de 18 de dezembro), publicou nota sobre a apresentação do SARAU DE CHICO, no CEMAIC (Santo Antônio, Bezerros), na tarde de hoje.
 
OLHOS NOS OLHOS é uma das canções a serem executadas.

Pedro pedreiro, SARAU DE CHICO



O SARAU DE CHICO constitue-se como a primeira ação do NEGRa - Núcleo de Estudos de Gênero e Raça da EREM Bezerros. A canção 'PEDRO PEDREIRO', do poeta CHICO BUARQUE DE HOLLANDA, e interpretada pela estudante MORGANNA BERNARDO - em 30 de outubro de 2013, retrata a melancolia de Pedro, que de tão acomodado, vê a vida escorrer por entre os dedos e passar.

Coordenado pelo professor MARCELO JOSÉ (Códigos e Linguagens), o projeto fundamenta suas bases na TEORIA DA RECEPÇÃO de Wolfgang Iser e Hans Robert Jauss - estudiosos que analisam a interação entre o texto literário e o leitor.

SARAU DE CHICO é fruto de trabalho de pós-graduação lato sensu (A CANÇÃO COMO PRÁTICA SOCIAL DE LEITURA NA ESCOLA: CHICO BUARQUE DE HOLLANDA), desenvolvido, entre os anos de 2005 e 2007, na UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE), sob a orientação do prof. Dr. Aldo Lima.

Em sua Versão nº 01 (2013), o SARAU DE CHICO apresenta canções que tematizam questões como VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, SEXISMO e PRECONCEITOS RACIAL e SEXUAL. Como atividade do NEGRa, pretende-se como ação itinerante e já se apresentou em feiras culturais, ações socioeducativas e eventos voltados a fazer refletir sobre LEITURA LITERÁRIA e DIREITOS HUMANOS.


MAIORES INFORMAÇÕES: marceloj@educacao.pe.gov.br



domingo, 1 de dezembro de 2013

Teresinha, de Chico Buarque de Hollanda (SARAU DE CHICO) será apresentada em Encontro Pedagógico, na Faintvisa



Estes são Dejaílton Torres e Iara Lima - estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio Bezerros. Integram o SARAU DE CHICO, ação exitosa selecionada pela Coordenação Pedagógica e pelo Corpo Docente de Códigos e Linguagens para representar a EREM Bezerros na Formação de Professores de Língua Portuguesa e Matemática da GRE Mata Centro. O evento também contará com a presença dos gestores dos estabelecimentos educacionais da rede estadual nos 13 municípios jurisdicionados pela Gerência (com sede em Vitória de Santo Antão).

A formação docente estava inicialmente prevista para acontecer no dia 13 de dezembro - no Auditório Prof. José Aragão, nas Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão (a Faintvisa). Mas conforme adiantou a prof.ª Maria José Pereira Gomes, coordenadora de formação da Unidade de Desenvolvimento de Ensino (UDE, GRE-Mata Centro), o encontro pedagógico precisou ser adiado para data ainda a ser confirmada. O SARAU DE CHICO foi convidado para realizar a abertura e será representado por 23 estudantes. O espetáculo foi adaptado e contará com oito canções de Chico Buarque.

Clique aqui e confira os ensaios do SARAU DE CHICO!