sábado, 21 de dezembro de 2013

A história de Lily Braun, para 'chocar' e nos fazer refletir sobre o SEXISMO


LILY BRAUN, batizada com o nome Amalie von Kretschman, foi uma escritora feminista alemã. Filha do general Hans von Kretschmann, da Prússia e neta da Baronesa Jenny von Sustedt que era uma filha ilegítima do rei de Vestefália Jerónimo Bonaparte, irmão de NAPOLEÃO BONAPARTE.

Ainda cedo LILY BRAUN se casou com o professor de filosofia Georg von Gizycki, ao qual se uniram num movimento ético, que buscava estabelecer um sistema de moralidade que substituiria a influencia das religiões tradicionais. 

LILY casou-se novamente em 1896 com Heinrich BRAUN, após a morte do marido. Braun era um político social-democrata e um publicitário.

Ainda Jovem LILY filiou-se ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e tornou-se uma das líderes do movimento feminista alemão. Ela foi fortemente influenciada por FRIEDRICH NIETZSCHE e queria que o SPD se focasse no desenvolvimento da personalidade e da individualidade em vez da igualdade. Para ela, as mulheres deveriam ter a sua própria personalidade e não ser apenas consideradas como (futuras) mães e esposas. Ela lutava por liberdade econômica para as mulheres e a abolição do casamento legal.

CHICO BUARQUE, perspicaz como só ele, construiu um enredo em A HISTÓRIA DE LILY BRAUN que, para quem não conhece a história - de fato - da moça, perca-se nas sinuosidades semânticas dessa poesia e tenha alguma dificuldade de encontrar coerência entre a canção e a biografia da ativista.

CHICO, na verdade, mostra como consegue entender bem o gênero feminino. Descrevendo dramas, anseios e a trepidez por que passam as mulheres em nossa cultura. Em A HISTÓRIA DE LILY BRAUN ele trata, de modo singular, o 'AMOR QUIMÉRICO' contado em romances, nas telas de cinema e nas historietas bem contadas, como é bem essa coisa de 'promessa de amor' para elas. Aquela mesma que tem seu começo, meio e fim. Com um começo brilhante e cheio de expectativas, um meio repleto de trivialidades e um fim como o não contado: aquele em que se acaba o encanto e todos vão viver suas vidas prosaicas.

Não desanima, mostra uma realidade de uma promessa de amor mais presente na arte do que na vida real. Linda a letra, com todo o encanto de mostrar a vida como ela é, bem ao gosto e medida desse mítico poeta da canção brasileira.

MIQUÉIAS RAMOS e SINTHIA PONTES personificaram bem o que entenderam nos momentos de leitura. Extraordinária performance de ambos, completada com a interpretação de MORGANNA BERNARDO.

Sou suspeito!

Nenhum comentário:

Postar um comentário