sábado, 25 de janeiro de 2014

Em rede social, levei ao gov. Eduardo a minha impressão sobre a Educação em PE


Subscrevo-me, governador.

E aproveitando o tema, quero registrar que o nosso sistema público tem avançado.

Olhando pelo retrovisor, vemos que de lá para cá conquistas importantes se efetivaram. 

Exemplos: expansão do ensino médio em tempo integral; fardamento e material didático; o intercâmbio (Ganhe o Mundo); a gradativa informatização de registros e escrituração - através do Siepe; alimentação escolar e escolha de gestores através de seleção (Progepe). 

Alguns senões, porém, residem:

a) a expansão do ensino médio integral precisa manter uma performance satisfatória em todos os estabelecimentos de ensino (especialmente os periféricos), espera-se que as condições de trabalho, o material humano e a rede física adotem um padrão uniforme;

b) que o fardamento e o material didático estejam à disposição de educadores e educandos antes do início do ano letivo (é comum só chegarem no meio do ano);

c) que o intercâmbio para estudantes se torne uma condição obrigatória (vire Lei) para todos, e não somente para alguns... e que esta política acertada se estenda ao corpo docente (e não apenas aos de língua estrangeira);

d) desejamos encontrar no Siepe um sistema estável e que traga consigo tablets conectados à internet que possibilitem o mínimo: pesquisa, registro de aula frequência e realização de apontamentos;

e) que a alimentação escolar seja palatável, saborosa (acho que não é pedir muito! Temos sido testemunhas do desperdício diário desses alimentos, justamente porque muitas vezes não são feitos com o carinho e o esmero que todos nós esperamos). Alimentação escolar que não desperta o paladar é dinheiro público jogado pelo ralo. Que tal investir mais em qualidade e economizar mais ao evitar o desperdício?

f) Por fim, nossos gestores escolares precisam de um 'up-grade' na gratificação. R$ 1.260,00 (para as escolas de referência e de grande porte) é muito pouco para o tamanho da responsabilidade que esses profissionais assumem. Na esmagadora maioria não têm nem o apoio técnico e de pessoal de que precisam para darem conta de todas as demandas inerentes à função (aquele tão propalado modelo de governança precisa sair do papel, governador!). A maioria dos gestores se vê angustiada. E profissional inseguro é coisa muito danosa para qualquer empresa, porque acaba levando essa insegurança para os demais profissionais - criando um clima de desarmonia. É preciso que esses profissionais se sintam seguros e percebam que podem contar com o apoio da Secretaria de Educação e das GREs (esses dois órgãos precisam de renovação em seus quadros. Não de aparelhamento. Não do nepotismo. Não do compadrio. Não de chefes e caudilhos a usar a máquina pública para promover perseguições. Não, em certos casos, de inválidos a aguardar a aposentadoria).

Gestores felizes é uma maravilha, governador! Aí o senhor tira deles a desculpa de que não podem replicar o mesmo tipo de tratamento a educandos e educadores. E os educadores, por sua vez, já não poderão mais adotar aquele velho e rabugento discurso - repleto de infelicidade permanente.

Sempre à disposição!