quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A crônica de Juquinha sobre o ofício de fazer jornalismo no Brasil

Juca Kfouri é arruaceiro, e costuma espancar o teclado desprezando as meias palavras. Esta semana escreveu sobre o ofício de informar. Me diverti com o seu engenho. Juquinha começou dizendo que:


"Ser jornalista é...


...desagradar a gregos e troianos.
Palmeirenses e corintianos.
Cariocas e paulistas.
Nortistas e sulistas.
Católicos e evangélicos.
Árabes e judeus.
São-paulinos e santistas.
Petistas e tucanos.
Lulistas e serristas.
Tricolores e rubronegros.
Gremistas e colorados.
Ser jornalista é não querer agradar ninguém.
Os do Galo e os do Cruzeiro.
Ser jornalista é ser solitário.
Ser jornalista é ser oposição, porque o resto é armazém de secos e molhados, como já ensinou mestre Millôr Fernandes.
Que ensinou, também: "Quem se curva diante dos poderosos, mostra o traseiro aos oprimidos".
Ser jornalista é discutir tudo, até, e, hoje em dia, principalmente, sentenças judiciais, tamanhos são os absurdos.
Ser jornalista é não querer agradar ninguém e não se curvar ao dinheirismo.
Ser jornalista é querer melhorar a esquina de sua rua, sua cidade, seu país, o mundo!
Profissãozinha desgraçada, hein?"



Para mim - projeto frustrado de jornalista - sua croniqueta trouxe ânimo. É que adoro o sentido contrário. Odeio dizer amém. Sempre percorri o meu caminho e nunca fiz a mágica do 'abre-te, sésamo!'.

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