Charge de Gilmar, gilmaronline.zip.net
Em pesquisa pelo ciberespaço cheguei à origem da palavra "trabalho", que tem nascedouro no vocábulo latino TRIPALIUM – denominação de um instrumento de tortura formado por três (tri) paus (palus). Desse modo, originalmente, "trabalhar" significa ser torturado no tripalium. Coisa que o nosso perverso presidente sabe fazer como ninguém. O tripalium de hoje representa (já contabilizavam em 2004) 74 tipos de taxas e impostos.
Mas voltando à Idade Média, uma pergunta agora cabe: quem eram os torturados? É claro que não eram os caucasianos de olhos azuis – como disse meu caro amigo Luiz Inácio Imposto de Renda da Silva. Quem sofriam mesmo eram os espinhaços dos escravos e dos pobres que não podiam pagar os pesadíssimos tributos (qualquer semelhança, em dias atuais, considere-se mera coincidência). Assim, quem "trabalhava", naquele tempo, eram as pessoas destituídas de posses.
A partir daí, essa ideia de trabalhar como ser torturado passou a dar entendimento não só ao fato de tortura em si, mas também, por extensão, às atividades físicas produtivas realizadas pelos trabalhadores em geral: camponeses, artesãos, agricultores, pedreiros etc. Tal sentido foi de uso comum na Antiguidade e, com esse significado, é que o vocábulo “trabalho” atravessou quase toda a Idade Média.
De acordo com fontes da supracitada pesquisa, só a partir do século XIV é que o verbete "trabalho" começou a ter o sentido genérico que hoje lhe atribuímos, qual seja, o de "aplicação das forças e faculdades (talentos, habilidades) humanas para alcançar um determinado fim", muito diferente daquele original em que o "trabalhador" era um carrasco, e não a "vítima", como hoje em dia.
Vale dizer, porém, que com a especialização das atividades humanas, imposta pela evolução cultural da humanidade, o termo "trabalho" tem hoje uma série de diferentes significados, de tal forma que o verbete, no Aurélio, dedica-lhe 20 acepções básicas somadas a diversas expressões idiomáticas. Mas esse número não tem a menor importância, até porque o que somos de fato é "uns escravos", fantoches, marionetes... ante à platéia em sobressalto e aos relhos do Lulinha domador que o que quer mesmo é riso, hilariedade e graça: todos os anos os rendimentos de nosso vil trabalho.
(Ha-Ha-Ha-Ha! Aplausos! Aplausos!)
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