domingo, 5 de abril de 2009

“Delega” responsabiliza mãe da menina estuprada. Cadê a imprensa???

Foto: Divulgação

A grande imprensa pouca cobertura deu ao indiciamento da mãe da menina pernambucana estuprada pelo padrasto. Mas já deveríamos estar acostumados. Essa imprensa MARROM é assim mesmo: sensacionalista, desatinada, irresponsável. Diferentemente do delegado Antônio Dutra, titular da cidade de Alagoinha, município no Agreste pernambucano – onde o crime ocorreu. De acordo com ele, a decisão de indiciar a mãe da garota não classifica a mulher como coautora dos abusos. Mas, na avaliação de Dutra, a mulher, de 39 anos, poderia ter evitado a continuidade do crime e a consequente gravidez da filha. O crime de omissão está previsto no Artigo 13 do Código Penal Brasileiro. Conforme dados do Último Segundo, o delegado Dutra afirma ter faltado à mãe responsabilidade e zelo pelas filhas, uma vez que ela diz que cuidava pessoalmente da higiene das crianças, acompanhando inclusive o dia a dia. “Como não notar o estupro e a gravidez numa situação como essa?”, questiona o diligente “delega”.

2 comentários:

  1. primeirasaguas.blogspot.comdomingo, abril 05, 2009 10:55:00 PM

    Creio que a questão, meu colega blogueiro, é muito mais de cunho moral, espiritual e humano do que simplesmente o sensacionalismo dado a certas ocorrências desse tipo. Não vi nem ouvi nenhum jornal ou sites que tivessem exaltado a vida dos fetos. Só tem valor a vida da criança estuprada? E as criaturinhas que vislumbravam a vinda ao mundo? É certo que crimes bárbaros como esse revolta. Que devemos sempre nos colocar no lugar da menina, dos médicos, da igreja... Mas até a presente data não li nada que defenda uma visão mais holística, mais espiritual do crime, que está certado por nuanças que não caberiam aqui comentar por falta de espaço...
    Mas fica aqui registrado o meu repúdio atrelado ao seu e atestar que muitos erram em ver este crime da maneira como Drummond nos relata ao final do seu poema "Verdade". (...)

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  2. O mais triste é que a própria mãe deixou que isso acontecesse com a menina.

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