Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
PS.: Dedico este soneto renascentista, do escritor português Luís Vaz de Camões, a todos os meus alunos apaixonados por Literatura - amantes e amáveis vidrados na boa poesia.
AAhhh...esse soneto ai é perfeito...Otima escolha, adoro poesias, e admiro quem sabe recitar-las como o professor...
ResponderExcluiradoro esse poema,élindo d++++++++++++...
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