Em sinal de adesão à Greve Nacional em prol do Piso Salarial, veiculo aqui este pequeno informe repudiando a política educacional nesse país, quando assunto é "salário". Não é segredo para ninguém que a remuneração docente é uma piada. É inconcebível que um professor receba menos de um salário mínimo, mas é o que ocorre – veladamente – em muitos estabelecimentos educacionais, sobretudo os privados. São raras as escolas que respeitam seus profissionais e oferecem a eles uma condição mínima de trabalho digno. O professor convive, a todo instante, com muxoxos, caraduras e é moralmente assediado, ameaçado de "despejo", quando resolve se insurgir contra esse modelo padrasto de fazer educação.
O profissional do ensino exerce múltiplas funções na escola: além de professor, precisa ser psicólogo, babá, deve agir como pai, amigo, irmão. Pois é..., particularmente, não levantaria a minha voz contra tal polivalência, caso fôssemos devidamente recompensados. Mas não é isso o que ocorre. O educador não sabe o que é um feriado, um fim de semana, porque a escola abarrota-o de afazeres, explora-o, tira dele a última gota, usa e abusa, e sequer se ressente de tal descalabro. Aproveita-se da falta de opção que muitos professores têm em migrar para instituições de ensino que pragmatizem o respeito. Entretanto, pedem a estes, respeito integral às normas. Que incoerência, hein?!
Tenho a cristalina compreensão de que muitos, mas muitos – mesmo, docentes recebem uma fortuna pelo que fazem (ou deixam de fazer). São verdadeiras ervas daninhas, desalmados que nunca estiveram apaixonados pelo exercício do magistério. No caso de alguns servidores públicos, refugiam-se em cargos apenas pela estabilidade, pela cômoda situação de ter ao fim de cada mês seus vencimentos depositados. Surrupiadores! Mercenários! Esses camelôs da educação não merecem respeito. Mas a postura de nossos mandatários e dos donos de escolas também não pode ser generalista. Há ainda professores comprometidos! É imperativo, pois, incentivá-los!
É por esses professores que se permitem renovar, que transformam pessoas e que melhoram o entorno pensando a escola como uma companhia de agentes com papéis socializadores, que endosso o coro por melhores condições de trabalho e que admoesto respeito por essa classe tão vilipendiada, juntando-me àqueles que pedem apenas o cumprimento da lei! O que se pleiteia, senhores, é que donos de escolas reconheçam a importância do professor, reajustando salários (hoje, de miséria), implementando o piso e considerando os direitos trabalhistas que a esses profissionais competem. Chega de hipocrisia! Substituamos a máscara e o discurso falacioso por uma ação que se constitua em respeito, de fato!
esperar que isso mude, é outra piada. Sempre teremos problemas com salários, daqui a pouco estaremos ganhando meio salário mínimo, o salário vai passar de Rs500 reais e nós ficaremos eternamente na lama.
ResponderExcluirQuerem um conselho é inútil nossa luta, abandonem essa nau, porque ela já afundou faz tempo, mas infelizmente não nos damos conta disso. migrem para outras profissões!
Se é essa a condição que nos dão, então vamos dar nossa resposta.
professor sim!, babacas esfomiados não!
Adriano