sexta-feira, 10 de abril de 2009

Alunos saboreiam o munganguento Lenine em degustação à "la carte", apenas por prazer


Fotos: Marcelo De Marco

Sou um admirador de Lenine. Ele é o meu Abaporu. O que ele faz com a Língua é malabarismo em entrelinhas, é coisa de acrobata da palavra, é munganga de poeta de verve e alma ritmadas. Seus solfejos antropofágicos, suas intertextualidades fazem, neste cenário de contemporaneidades como eguinha pocotó, um contraponto. Sua poesia estabelece-se como ponto de convergência com a proposição Oswaldiana de deglutir e de mastigar tendências várias sem se perder na labirintite daquilo que não é atual, ainda que moderno.

Para Lenine, a degustação de palavras deve ser estimulada pelo prazer. Entretanto, incutir isso em jovens que padecem de sedentarismo cultural é tarefa hercúlea. Não é fácil! Mas, quando se tem a alegria e a fortuita sorte da convivência com cabeças dispostas ao novo, tudo por si facilita-se. É o caso de alunos (meus) do 3º ano do ensino médio do Colégio e Curso Projeção. Nas imagens é possível vê-los, em aula de Literatura, debulhando poesia, “descosturando” formas, situacionando, inferindo, alimentando-se – de palavras: granjeando um montepio.

Lenine em Vitória, Carnaval das Alegorias 2009


Assista ao vídeo em que Lenine, em plena Praça Duque de Caxias – em Vitória de Santo Antão, canta Jack Soul brasileiro – obra típica da disposição em poder relacionar-se com espectros artístico-culturais múltiplos.

Adoro essa possibilidade de poesia que se metamorfoseia! Confira!

3 comentários:

  1. Também admiro muito o trabalho de Lenine e foi muito bom trabalha sua música em sala de aula! Gostei muito de video, adoro Jack soul brasileiro, uma das minha que mais gosto!

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  2. Também admiro muito o trabalho de Lenine e foi muito bom trabalha sua música em sala de aula! Gostei muito de video, adoro Jack soul brasileiro, uma das minha que mais gosto!

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  3. O trabalho de Lenine é sensacional e poder vivencia-lo em sala de aula foi muito bom,assim, tivemos a oportunidade de relacionar o conteúdo(movimento antropófagico de Oswald de Andrade) com algo que gostamos e valorizamos. Quanto aos que não apreciam a obra do nosso "galego", não sabem o que estão perdendo.

    Jéssica/Projeção/3ºano

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