Independência Ou Morte, 1888. Óleo sobre tela. 760 X 415 cm.
Museu Paulista, São Paulo.
Museu Paulista, São Paulo.
Podemos dizer que Pedro Américo é um de nossos melhores retratistas. Palaciano, retratou, muitos anos depois (a tela foi pintada entre 1886 e 1888), a Independência do Brasil - 'ocorrida' em 1822. Nela há bravura, homens bem armados montados em mangalargas e mustangues. Que poesia, não?!
Hoje, atualizados - que estamos - vemos todos os dias pela TV reproduções 'baratas' da Independência de Pedro Américo: não há miséria, há heroísmo. O Brasil é o país do agora - uma locomotiva que esmaga. E alimentando nosso ego com conhaque e amarula, embriagamo-nos, acreditando que somos livres.
Outra poesia. Fraca - decerto - mas outra poesia!
Descobrimos, então, em nós, mais uma virtude: somos uma terra de poetas. Replicamos tanto uma mentira, que cansada... chega a transformar-se em pura e cristalina verdade. Drummond, Bandeira e Gullar são todos fichinhas perto da poética daqueles que vendem líderes travestidos de Messias, céus de brigadeiro cheirando a liberdade.
E sorrindo como otários, exercitamos a mesmíssima rotina: continuamos, por vaidade e eufemismo, a tomar no esfíncter, alcunha lisonjeira dada àquele famoso monossílabo, que de tão gasto, já perdeu as forças, todo o vigor e a coordenação motora... deixando de ser tônico para ser átono.
Hoje, atualizados - que estamos - vemos todos os dias pela TV reproduções 'baratas' da Independência de Pedro Américo: não há miséria, há heroísmo. O Brasil é o país do agora - uma locomotiva que esmaga. E alimentando nosso ego com conhaque e amarula, embriagamo-nos, acreditando que somos livres.
Outra poesia. Fraca - decerto - mas outra poesia!
Descobrimos, então, em nós, mais uma virtude: somos uma terra de poetas. Replicamos tanto uma mentira, que cansada... chega a transformar-se em pura e cristalina verdade. Drummond, Bandeira e Gullar são todos fichinhas perto da poética daqueles que vendem líderes travestidos de Messias, céus de brigadeiro cheirando a liberdade.
E sorrindo como otários, exercitamos a mesmíssima rotina: continuamos, por vaidade e eufemismo, a tomar no esfíncter, alcunha lisonjeira dada àquele famoso monossílabo, que de tão gasto, já perdeu as forças, todo o vigor e a coordenação motora... deixando de ser tônico para ser átono.
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