sábado, 18 de setembro de 2010

Mais nem cantando a Florentina!


Eleitor que se presa nunca gostou de político do tipo certinho, que mensura as palavras e prega honestidade. Eleitor que se presa gosta mesmo é de saco de cimento, de tijolos, de dentadura, de cesta básica. Eleitor gosta é de encher o bucho. Um empreguinho, então... pronto: e o candidato - tenha a certeza de que terá ali assegurado votos.

Os engomadinhos estão, cada vez mais, perdendo o jeito de andar. Há, decerto, oportunistas como Joaquim Francisco que na suplência de Humberto Costa ao Senado, busca sobrevivência. Mas Maciel e Jarbas estão com os dias contados. Já Roberto Magalhães, por exemplo, que se despede das disputas eleitorais, este ano, alega descontentamento com a atual processo.

E acho que ele tem razão, mas desconfio que tudo pode não passar de conversa mole. Até porque, foi exatamente este mesmo processo carcomido e velho que, durante décadas, deu a ele, e a outros tantos, prestígio e poder. E sei que apesar de não quererem revelar, em prosa de botequim - lá nos bastidores - confessam: a pedra no sapato mesmo é esse tal de Lula.

Pois é... logo o Lulinha, com aquele ar de galhorfa, revelou-se num algoz implacável. Seu carisma inviabilizou qualquer nome que se contrapôs à candidatura de seu partido, mesmo os nomes de Marina e Serra - notoriamente técnicos, sabidamente probos. E não adianta a oposição falar em aloprados, vociferar que na antessala do mandatário barbudo - a Casa Civil - costuram-se conluios e conchavos.

Não adianta! O eleitor está apaixonado! Ouçam! Receio que pôs na vitrola o disco de Tiririca... e como não é de ferro, agora divaga sem saber que está numa cadeia.

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