quinta-feira, 13 de agosto de 2009

"Não há virgem na zona"

Foto: Geraldo Magela

Arthur Virgílio, senador pelo PSDB/AM, de quem esperava compostura - até pelo que prega e alardeia - não é nem de longe a vestal personagem que ele próprio ajudou a construir no imaginário do eleitor médio que o acompanha ao longo desses anos no Senado. Envergonha-me ver que o antes caçador à procura da velha raposa maranhense (Sarney), no receio de virar caça, pôs o rabo entre as pernas, fugindo da luz da ribalta como quem não desejasse ser notado.

Recentemente, a revista Isto É noticiou que para tentar expurgar seus pecados, o senador começou a devolver aos cofres públicos os R$ 210.696,58 pagos indevidamente ao ex-servidor Carlos Alberto Nina Neto, que é filho de seu amigo e subchefe de gabinete, Carlos Homero Nina, e passou dois anos no Exterior à custa do erário. “Já paguei R$ 60.696,58 e acertei pagar outras três parcelas de R$ 50 mil. Tive que vender um terreno da família e usar o dinheiro da poupança .”

Virgílio se equipara a Collor (PTB/AL), a Renan (PMDB/AL), a Salgado (PMDB/MG), a Jucá (PMDB/RR) e tantas outras figuras decepcionantes da degradada política brasileira. Virgílio - no instante em que mais vociferava - foi pego com a boca na botija. E o que fez? Hein? Hein? Demonstrou absoluta fraqueza, total covardia quando não começou a ser ele o exemplo, renunciando às suas prerrogativas na Câmara Alta do parlamento brasileiro.

Para mim, não basta essa ÉTICA em 4x, e sem juros. O preço - nesses casos - tem de ser mais alto.

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