Belchior deveria ter desaparecido com Sarney

Belchior, em foto de Eugênio Novaes, ladeado por José Sarney

& Lamachia (OAB-RS, de gaiato e sem bigode), em 9 de fev, 2009

Há menos de uma semana o Fantástico (e que fantástico!) lançou uma bomba. Bem..., não é assim uma BOOOMBA - dessas que prometeram ou que ainda está por vir na Terra das Tabocas, desde o episódio envolvendo os 232 votos que separaram Demétrius Lisboa (PSB) de Elias (DEM) no último pleito. Entretanto, a plim-plim, inventora de factóides como ninguém, fez - do nada - uma pergunta: onde está Belchior?

Escarafunchando hipóteses e, como Freud, mergulhando em devaneios, encontrei no texto 'A vilanização do bigode', do crítico musical baiano - Franciel Cruz, resposta para tal abestalhamento. Cruz começa falando dos coitos interrompidos e dos orgamos malogrados quando escuta alguém trazendo à baila um tema tão idiota. Aliás, a idiotização tem se tornado coisa comum em tempos de democracia da informação.

Sendo eu o presidente, baixaria um decreto - tipo AI-6, para não permitir a veiculação de qualquer porcaria, tida como verdade, pelos meios de comunicação construídos a partir de concessões públicas espúrias, vagabundas, desonestas, vulgares. Mas, vamos ao texto do bom baiano Franciel. Ele deveria ser meu. Era eu quem o deveria ter escrito. Como esse soteropolitano de uma figa se adianta assim..., sem ao menos pedir licença?!

Ele conta uma história. Franciel é bom nisso. Diz que se deparou com uma tapada, lá pelo Pelorinho, dessas ingênuas que perdem o tempo diante das besteiras de Schmidt e daquelas curvas onduladíssimas da morena Poeta. O linguarudo é surpreendido, então, com o desaparecimento do maranhense bigodudo - amicíssimo de Sarney. - Mas como assim??? E não já havia desaparecido desde o Ano Internacional de Criança, em 1979?

Para Franciel, Belchior foi abandonado pelo talento há coisa de 3 décadas, sobrando apenas aquele acessório capilar. Tudo isso porque ter bigode está na moda. É só reparar no Senado. Temos lá o velho caudilho maranhense, temos Mercadantezinho e outros trotskitas de 3ª categoria. Renan e Collor - apoiando-se na lâmina de barbear - apenas disfarsam; mas logo, logo deixarão o bigodão crescer, para nós - idiotas - continuarmos a alimentar o péssimo hábito de nos distrairmos, quando na verdade deveríamos deixar nossas barbas de molho.