sábado, 16 de maio de 2009

"Pacto pela Vida" é manchete de fracasso no jornal britânico The Independent

Ativista pinta silhueta de vítima de homicídio na favela do Coque (AP)

Em publicação de ontem (15 de maio), a cidade do Recife foi classificada como a capital campeã de assassinatos do Brasil. A fama internacional, estampada no jornal britânico, destaca Recife e seus altos índices de violência.

A reportagem diz que apesar de atrair 1 milhão de turistas estrangeiros, quase 3 mil pessoas foram mortas na cidade no ano passado e que muitas dessas mortes foram provocadas por policiais.

O repórter diz que conseguiu convencer um policial a falar sobre os assassinatos que cometeu. Ele é supostamente integrante de um esquadrão da morte e estaria na corporação há 20 anos.

"Ele tinha matado pessoalmente mais de 30 pessoas e disse que sua 'equipe' tinha matado mais de 50", afirma o artigo. De acordo com o repórter Evan Williams, o policial justificou sua ação afirmando que não sente remorso porque está desempenhando "um serviço social".

"É certo tomar uma vida humana nestes casos, porque leva muito tempo para que os processos judiciais aqui tramitem e o traficante ou assassino que nós podemos prender como policiais podem ser libertados no dia seguinte e voltar às ruas e matar e vender drogas de novo.

"Então é muito melhor para nós (...) matá-los e resolver o problema assim", disse o integrante do esquadrão da morte, de acordo com Williams.

"O homem que entrevistamos sobre esta suposta repressão riu e disse que ele não tem medo de ser preso porque vários dos policiais mais graduados estão envolvidos", escreveu o repórter.

O jornalista diz que segundo as declarações do possível integrante do Esquadrão da morte, as vítimas são indicadas, por superiores da Polícia Civil ou Oficiais graduados da Polícia Militar.

Devido ao envolvimento de grande parte dos policiais, fica difícil uma reação das autoridades, que quer reprimir esses grupos de matadores.

Dudu, no entanto, através de seu Secretário de Defesa Social - Servilho Silva de Paiva, já tratou de desqualificar a informação. Para ele, tratam-se de dados defasados.

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