Não tenho muita simpatia por Jarbas Vasconcelos, mais por puro corporativismo do que por algum deslize ético que o peemedebista tenha cometido. Jarbas foi um péssimo gestor para o funcionalismo público – particularmente para os professores. No entanto, tenho a compreensão de que este fato não me dá o direito de discordar dele, no caso da prostituição política comanda pela ala governista do maior partido político brasileiro. Entenda-se aqui: José Sarney e Renan Calheiros.
Li sua entrevista à Veja e assisti ao seu pronunciamento feito da tribuna do Senado. Ouvi os apartes. Alguns poucos dissonantes se queixavam pela sigla “PMDB”, outros endossavam o seu discurso vociferante. Cristovam Buarque (PDT-DF), com a sua sofisticação no trato e singeleza na linguagem, fez a intervenção que mais me chamou a atenção. Para ele, a entrevista do senador pernambucano concedida à Veja representa um convite à re-visita aos nossos valores cívicos e morais.
Contudo, mesmo com as manifestações favoráveis a Jarbas, o senador Cristovam Buarque lamenta “não ver um efeito no sentido de corrigir os erros”. E continuou: “Lamentavelmente, o efeito produzido é a percepção da tolerância com as coisas erradas. O que disse Jarbas tem de ser apurado”.
Jarbas irritou seus companheiros de partido ao denunciar a corrupção interna da sigla, sem citar nomes. Os colegas de PMDB, no entanto, preferem calar-se. Em público, desprezam as acusações. Mas enquanto falava da tribuna, Jarbas era desligado de comissão importante do Senado pelo seu líder, o alagoano Renan – aquele mesmo que se sentiu obrigado a renunciar às prerrogativas de presidente da Casa de Rui Barbosa e às benesses concedidas ao mandatário do Congresso Nacional apenas por causa de uma emissora de TV, uma amante e algumas cabeças de gado.
Da Poltrona diz:
ResponderExcluirJarbas até pouco tempo estava tão caladinho. Por que só agora fala?
Seria em busca de um lugar ao sol?
Não tem jeito, macho! É Eduardo outra vez.
Agora... o tal do Renan e do Sarney são duas desgraças, mesmo!