sábado, 21 de agosto de 2010

Na corrida para a Assembleia Legislativa, em Vitória Aglaílson Jr. aparece na frente


O município de Vitória de Santo Antão, a 51 km do Recife, tem pouco mais de 90 mil eleitores e, de olho neles, algumas dezenas de candidatos que concorrem a uma vaga para a Assembleia Legislativa do Estado. Contudo, a maioria desses votos tendem a migrar para as duas candidaturas que, já há algumas legislaturas, polarizam a disputa para a Alepe: Henrique Queiroz Costa (PR) e Aglaílson Querálvares Jr. (PSB).

Embora tenha aberto suas bases eleitorais, o atual prefeito da cidade, Elias Lira (DEM), oficialmente apoia o candidato do Partido da República. Por sua vez, o socialista - líder do PSB na Assembleia - conta com o carisma de seu pai - o ex-prefeito José Aglaílson (PSDB), somado à estreita ligação que mantém com Ana Arraes (PSB) - deputada federal que busca a re-eleição, e que é mãe do governador Eduardo Campos.

Deste bolo, beliscam fatias - ainda - o médico e ex-vereador Edvaldo Bione (PHS), a advogada e filha do vice-governador - Raquel Lyra (PSB), o empresário Joelzinho da Pitú (PMN), o administrador Gustavo Negromonte (PMDB), sem falar na plêiade de postulantes evangélicos que - invariavelmente - surgem como surpresa para minar a hegemonia de nomes, reconhecidamente, tarimbados.

O 'dotô' Bione

Oficiosamente, comenta-se que, na atual conjuntura, Edvaldo Bione - candidato que não obteve êxito das vezes em que concorreu como vice, tanto na chapa de Elias (em 2006), como na do socialista Dedé, o Demétrius Lisboa (apoiado por Aglaílson pai, no pleito último) - conseguiria, apesar dos recentes percalços, de 7 a 10 mil votos. Sua relação forte com parcelas pobres da população, conquistada em anos de prática médica, garantir-lhe-ia tais dividendos. Comunicativo e bem articulado, Bione goza de empatia e será o herdeiro natural de eleitores que não desejam Aglaílson, tampouco Henrique. O seu jingle já sugere isso.

Palanque de Henrique é, ainda, o muro

Henrique - um decano do legislativo que segue ao seu 9º mandato - não terá, contudo, uma eleição (em Vitória) tão fácil e nos moldes que ele próprio projetara há 2 anos (quando da aliança para vencer com  seu filho [vice] na chapa de Elias - prefeito). É que o democrata, ao permitir que alguns de seus mais atuantes secretários - como é o caso de Paulo Roberto (Cultura, Turismo e Esportes) - rumasse a outros caminhos, acabou por desmoronar a ideia de exclusividade do deputado verde, que, acredita-se, não alcançará 15 mil votos. Sua posição é esdrúxula, dúbia e confunde o eleitor mais atento: é da base do governo, mas vive abraçado com a oposição.

Aglaílson Jr., - majoritário?!

A favor de Aglaílson Jr., contaria o fato dele ser do partido do governador; mais que isso: é - de fato e de direito - o candidato de Eduardo no município. O neto de Arraes, assim como o presidente Lula, desfruta de alta popularidade no Estado. Júnior aproveita-se também do alto índice de rejeição que sofre o prefeito Elias - nesses 2 primeiros anos a frente do executivo municipal. Logo ele, que - em tese - é o cabo eleitoral mais importante de Henrique - na cidade. Entretanto, paradoxalmente, Elias tem feito, até aqui, muito pouco em favor do 'aliado'. Com isso, caso Aglaílson Jr., - o filho e herdeiro político de 'Zé do Povo' ultrapasse os 20 mil votos, não se constituirá em nenhuma surpresa.

4 comentários:

  1. Não acredito que uma pessoa séria feito o prof. Marcelo esteja apoiando Aglailson Junior.
    Aglailson não merece a confiança de ninguém, além de ser um inoperante.

    ResponderExcluir
  2. Condordo plenamente Helton!
    Fiquei Hororizado ao ver aquele adesivo enorme e feio e mal-educado e vermelho como o comunismo da 2ª guerra mundial e amarelo como a antipatia do "Juninho" no carro do Professor, poeta, webwriter e escritor Marcelo! Tudo bem que o Amarelinho e o Verdinho não têm feito muito por nossa cidade, mas nem por isso o Vermelho Junior merecia o apoio do Marcelo, Marcelo irei me candidatar na próxima eleição para você ter uma boa opção de voto!

    Andre VF

    ResponderExcluir
  3. :) rsrss "O Homem é o homem e as suas circunstâncias", diria Ortega y Gasset.

    Dito isto, querido Hélton - não visualizo nesta paisagem repetida nada de novo.

    O qué há muito mesmo é corporativismo, fisiologismo, maniqueísmo, todos os filhotismos, ismos e ismos. É o cenário. Quem desejar virar 'mártir' que o confronte.

    Mas acredito mesmo que quem desejar fazer desse país um lugar melhor, deve - inteligentemente - aliar-se a fim de não ver nula a sua voz.

    Não enganemos a nós mesmos. Da forma que aí está - o processo eleitoral - não é e nem será justo - nunca. São imperativas as reformas - que não interessam a nenhum dos que aí estão.

    Enquanto elas não vêm, cada qual que se agarre ao seu cada um - em nome da sobrevivência. Oportunismo demagógico? Não. Puro realísmo! A, B e C não são lá muito diferentes. Todos - ao seu modo - cumprem um mesmo ideário.

    Anulará o seu voto? Bem... se o amigo anônimo (Andre VF), conseguir ser convocado dentro de uma agremiação partidária que, é bom que se diga - já tem todas as cartas marcadas - e ainda assim, não se deixar embriagar pelo vinho suave e tinto da politicalha... terá sim – e por que não? - o meu voto.

    É só informar o número!

    Prof. Marcelo

    ResponderExcluir
  4. CONCORDO quanto as circunstancias;
    CONCORDO quanto ao corporativismo (as outras palavras não conheço);
    CONCORDO quanto a tornar-se mártir;
    CONCORDO quanto a aliar-se;
    CONCORDO quanto a justiça do processo eleitoral; mas
    DISCORDO do modo de sobreviver, meu ponto de vista é que não serei coadjuvante de um sistema que não compactuo de seus ideais e suas propostas e o pior seus modo de operar;
    No entanto observemos o que diria "Ortega y Gasset" (supracitado);

    Talvez em breve informo meu numero.

    Andre V.F.

    ResponderExcluir