domingo, 25 de setembro de 2011

Muito óleo sobre tela pro meu gosto

                                 por Marcelo De Marco

Sabiás cantam pela manhã inteira de sol

Um exército de ondas
embola-se na superfície do mar
bramindo natureza pura

O céu é de Deus
e não há dúvida de que ele seja tupinambá,
e aí troveja em Quixadá e
no Oceano percebe-se

Enquanto isso, as águas tentam afogar Moema
como os carros de Faraó
com o gosto do desgosto
da união de Paraguaçu com Caramuru
nos decassílabos egípcios de Durão

No firmamento, relâmpagos fazem
espirais de aço

Fé tupiniquim ateia fogo no mato

A chuva come terra molhada

Para não ficarem atrás
turistas portugueses devoram índias intatas

O Senhor acende sensuais raios no céu
e funda a primeira hidrelétrica no Brasil
 
O amor é para sempre?

In: Guardados na gaveta
poema de 1998

Um comentário:

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