por Marcelo De Marco
Por enquanto, não sou de nada.
- Mas me provoca!
Inventa qualquer coisa no cume desta montanha russa
Faz carrossel nesta torre confusa da fortaleza de Sebastopol
Brinca em tua tirolesa
escorrega
atira-te
balança:
vem
iav
Inebria-te com a saliva na língua
pêra, uva, maçã, salada ígnea... croissant
Tenta, assanha, inflama
o rubro pólo dessa pilha de nervos
e aí, então, em segredo
deixa-me o cetro apontar
para fazer-te rainha pelas paredes
para fazer-te rainha pelas paredes
no zunzum dos nossos dominós
que, de tão encaixados
se pareçam com abelhas fabricando mel na azeitona.
se pareçam com abelhas fabricando mel na azeitona.
In: Poesia play
poema de 1998
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