domingo, 11 de outubro de 2009

Na Bienal eu encontrei Miró

Fotografia: Marcelo De Marco

Encontrei Miró segurando uma latinha de cerveja lá no Café Cultural da Fafire. Quando me viu, deu-me um abraço cheirando à cachaça e poesia: sinestesia da melhor espécie. Como bom pregador de palavras, ofereceu-me Onde estará a norma?, vídeo-documentário que registra a obra dele mesmo - um dos mais importantes poetas do movimento de poesia marginal do Recife.

Miró - intrometido como sempre - veio de Muribeca para apartear Marcelino Freire - contista de primeira ordem, que falava sobre coisas, como sexualidade alternativa, mas que distraiu-se enquanto agarrava o microfone. Provocador e performático, Miró preteriu essa tecnologia fálica. Desferiu então, cuspindo a platéia com orvalho e éter:

"Preto, pobre, poeta e periférico: puta que pariu!"

Um comentário:

  1. Adorei ter conhecido as poesias de Miró, vira e mexe procuro os videos dele para rever!

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