O instante em que ondas gigantes do tsunami atingiam residencias em Natori
Fonte: Associated Press
O terremoto mais forte já registrado na história do Japão, 9 de magnitude, o quinto mais forte do mundo no último século, ganhou o nome de Tohoku Jishin, ou Terremoto do Nordeste.
Para completar a tragédia o tremor foi seguido por um tsunami com ondas de até 13 metros. Mais de 1.800 pessoas podem ter morrido. Há uma grave preocupação com a situação da usina nuclear de Fukushima, cujo sistema de refrigeração foi danificado pelo terremoto.
Houve vazamento de radiação após uma explosão ter arrebentado o telhado da instalação e há temores de que ocorra um desastroso derretimento da usina. Estão evacuando uma área de 10 km ao redor do reator.
O amanhecer do sábado revelou toda a extensão dos danos causados pela violência do tremor e pelo tsunami com ondas que varreram vilarejos e cidades.
O tremor atingiu uma das regiões mais pobres do país, formada por seis províncias: Aomori, Akita, Iwate, Fukushima, Yamagata e Miyagi, cuja capital é Sendai, o local mais próximo do epicentro do tremor.
A região abriga uma população de pouco mais de 9,4 milhões de habitantes e sua economia é baseada na agricultura.
Conhecida popularmente como "celeiro do Japão", é de lá que sai boa parte da comida que é consumida pelos japoneses. Arroz, legumes, frutas e pescados são os principais produtos locais.
Em uma das áreas residenciais mais atingidas, era possível escutar pessoas soterradas sob os escombros, pedindo socorro e perguntando quando seriam resgatadas.
O alcance exato dos danos ainda é desconhecido. Balanços iniciais indicam que mais de 5 milhões de casas estão sem energia elétrica e ao menos 1.800 foram destruídas somente na região de Fukushima.
Estima-se que 90% das casas na costa japonesa foram destruídas. Mais de 300 mil pessoas já foram evacuadas de suas casas. O número de prédios destruídos completa ou parcialmente subiu para 3.400.
Quatro trens na área costeira entre as regiões de Miyagi e Iwate permaneciam desaparecidos, informaram as ferrovias japonesas. Não se sabe quantos passageiros estavam nos vagões.
A cidade de Kesennuma, com 74 mil habitantes, sofreu fortes incêndios e um terço da sua área está submersa. Em Sendai, cidade com 1 milhão de habitantes, o aeroporto está em chamas depois de ser inundado pelo tsunami.
Na sexta-feira, imagens de TV mostraram uma veloz torrente de água barrenta arrastando carros e destruindo casas nos arredores de Sendai, 300 quilômetros a nordeste de Tóquio. No cais, navios foram arremessados para a terra e ficaram virados de lado.
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