quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O Recife

 Noite de Maracatus no Recife Antigo, Carnaval 2012 (Foto: Cláudia Cristine)
                                          
                           por Marcelo De Marco

O Recife, durante o Carnaval
é festa, é música, é luz, é flauta, é bombo

O Recife, durante o Carnaval
é poesia, é salto, é frevo, é riso, é canto

O Recife, durante o Carnaval
de becos e ruelas, é praça para os namorados

O Recife, durante o Carnaval
é tudo, é menos, é mais correndo ladeira a cima e a baixo

Mas ao cair das cinzas surge o meu melhor Recife:
pobre, sujo, triste, sozinho, feiamente desmascarado

E é aí que sei o quanto, por ele, sou apaixonado.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Prêmio literário concede 30 mil Reais


A participação é aberta a maiores de 18 anos, de todas as nacionalidades, autores de obras literárias para o público infantil e juvenil. É vedada a participação de funcionários do Grupo SM e/ou de seus parentes em primeiro grau.

O prêmio contempla os gêneros romance, novela e narrativa curta (texto único). Obras em verso, peças de teatro e coletâneas de contos não serão aceitos.

Os originais deverão ser inéditos e escritos em língua portuguesa. Entende-se por inédito o original não publicado (parcialmente ou em sua totalidade) em antologias, coletâneas, suplementos literários, jornais, revistas, sites etc.

Leia o regulamento completo aqui.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Do que rir Isaltino?


Já se faz algum tempo que abandonei o resmungo. Estava com saudade. Quem dos cliques equidistantes repara, nota que este blog chega a servir de logradouro para aranhas. Mas não adianta, é algo intrínseco. Chega uma hora que a panela esquenta, e dinamite, como diria Lenine, é o feijão cozinhando dentro do molho dela.

Por que esperneio, afinal?

Para o dia de hoje tenho explicação: é que ao folhear o jornal, vi que o nosso Secretário Estadual de Transportes, pasta que abriga, entre outras 'coisas', o Departamento Estadual de Transito (Detran - PE), foi pego em blitz por conduzir sob efeito de alguns pileques.

Segundo matéria veiculada no caderno Política, no Diário de Pernambuco, Isaltino Nascimento (PT) foi autuado e 'deve' cumprir a mesma via crucis de um cidadão comum para recuperar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Com os meus botões, conclui que o Detran ao puni-lo e o secretário ao se submeter aos trâmites exigidos não farão mais do que suas obrigações. Elogiável, só o trabalho do BPtran, que ainda assim, por um 'equívoco', deixou margem para a possibilidade do recurso.

Não creio que o deputado do Partido dos Trabalhadores se recuse a pagar a multa. Acho até que deveria reprografar o boleto autenticado, como forma de oferecer o mínimo de satisfação aos seus eleitores.

É cômico, no entanto, se ter notícia de que a autoridade maior de uma pasta que regula e que, em tese, zela pelo cumprimento da Lei, exorbita-a sem sofrer o prejuízo da perda do cargo.

Amoral mesmo é a complacência do Palácio.

Tem mais: a articulista Marisa Gibson ao dar início à sua coluna de adulações, obtempera e insinua que o mal de Isaltino não foi o de simplesmente beber, mas o de ser 'ingênuo' - coitado!, a ponto de se deixar flagrar dirigindo alcoolizado. (A meu ver, uma aula de como não se fazer JORNALISMO).

Hum!

Agora, em março, chega a fatura do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, o famigerado IPVA. Propalam que é dinheiro para a conservação de estradas, para a infra-estrutura, para a saúde e a segurança no trânsito.

Na prática, porém, não é esse tipo de vinculação que se observa. Não conhecemos essa garantia de contraprestação de serviços. Na verdade, é dinheiro que pode seguir outros rumos, é dinheiro que pode ter outros caminhos, é dinheiro que, inclusive, como se vê, pode ter como destino final o disperdício.